segunda-feira, 25 de maio de 2009

BENTO MARAVILHA

Parceiro da luta pela meia-passagem “sem burocracia” e figura folclórica da política na Belém dos anos 80, o jurunense de coração, Bento Maravilha era quem sempre disponibilizava o carro-som “Rebentão” para as passeatas estudantis no início dos anos 90.
Como ele mesmo dizia: “a classe estudantil tem que ir à luta por suas bandeiras e fazer com que os governos olhem para essa parcela do povo”. E ainda: “enquanto fazem política estudantil e mobilizam a juventude, muitos deixam de ir para delinqüência”.
O fato é que a colaboração do ex-vereador, Bento Maravilha, foi muito importante para garantir a sonorização e controle das lideranças estudantis (UMES e DCE’s) das enormes passeatas que chegaram a mobilizar mais de 20 mil estudantes na época.
Decisiva e importante a participação desses colaboradores e de alguns milhares de anônimos que garantiu que no fim do primeiro semestre de 1991, fez com que a prefeitura de Belém colocasse em prática o que a lei já determinada: a implantação da meia-passagem sem burocracia. Ou seja, o pagamento da metade do valor da tarifa apenas com a apresentação da carterinha emitida pelo órgão municipal de transportes (CT-Bel) a todos os estudantes de Belém.
Bento Maravilha foi um dos colaboradores da conquista da meia-passagem pelos estudantes e jamais deixaríamos de lembra da sua importante e decisiva colaboração ao completar 18 anos dessa importante conquista.

6 comentários:

  1. João "Índio" dos Anjos, disse:
    "Cara, achei bacana. Apenas duas observações. O Bento era mercenário para cacete. Ele ia para as passeatas, mas sempre pagavamos. Além disso, quando dava a hora combinada ele rasgava. Não devemos deixar de fazer referência aos sons que utilizavamos que eram dos sindicatos, tipo: sintel, urbanitários, alimentação, que nas passeatas iniciais seguravam a onda.
    Uma outra observação é a de que a meia-passagem, por ocasião da conquista da carteirinha, não era municipalizada, era competência do Estado, tanto que a porrada foi com o Hélio Gueiros, que era o governador na época. A negociação era com a EMTU - Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, que era ligada ao Estado. Quando houve a municipalização, muita coisa já tinha sido feita.
    Por último, façam uma boa revisão do texto, pois vi alguns erros de grafia.
    No mais tá bacana".

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  2. O blog é de todos nós e correções e complementações sempre serão bem-vindas!
    Um abraço, João!

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  3. O João tem razão nas observações dele, de fato, o Bento era um comerciante e não um parceiro nosso...

    Outra, realmente, não lutavamos contra a prefeitura, e sim, contra o governo do Estado...

    Quantos aos possiveis erros...fazem parte de processo de escrever em Blogs...

    saudações à todos!!!

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  4. De fato, os sindacatos foram imprescindíveis no apoio (as inúmeras reuniões na sede dos Rodoviários, Urbanitários, carro-som, material impresso, etc) e "esquecemos de lembrar" que a maioria do@ estudantes que lotavam as passeatas eram "trazid@s" no gogó, pois era de dentro das salas de aula que a mobilização começava até desembocar nas ruas.

    O movimento secundarista nas escolas do chamado "eixo Almirante Barroso", eram primordiais para fazer vingar uma grande passeata em Belém.

    Para isso, ela deveria começar aglutinando a "pororoca estudandil" a partir do Pedro Amazonas Pedroso, somava-se com o Cordeiro de Farias, Láuro Sodré e acumulava forças com a estudantada do D. Pedro I, Souza Franco e antigo CEFET e Paulinho(s) de Brito.

    Aí sim , reuniada cerca de 70% da estudantada, chegavámos em São Brás quando alí estávam "as lideranças" com a voz tinindo, cabelos penteados e perfumadas, prontinhas para recepcionar os "melecados de suor", já roucos de tantas palavras de ordem á gritar

    Depois daí, hum..passávam à ser dirigidos pelos microfones do bento, e estes eram os que acertávam as contas com o tal empresário, que recebia tin-tin por tin-tin do recurso acumulado, grande parte oriunda, sabe-se lá até hoje de quem...

    Não foi??

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